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Turismo responsável e seguro viagem: quando o cuidado com o planeta começa pelo cuidado com o viajante

Turismo responsável e seguro viagem

Por: Bruna Bozano

O conceito de turismo sustentável vai além da preservação ambiental — envolve também responsabilidade social, econômica e pessoal. E, nesse novo paradigma, o seguro viagem ganha um papel estratégico: proteger o indivíduo para garantir que o impacto da viagem, em qualquer esfera, seja o mais equilibrado possível.

Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o número de viajantes interessados em experiências sustentáveis cresce 25% ao ano. São pessoas que priorizam destinos de natureza, hospedagens com menor pegada de carbono e vivências culturais autênticas. Esse público, mais consciente e preparado, também passou a enxergar o seguro viagem como parte dessa responsabilidade.

“Viajar com segurança é um ato sustentável. Evita sobrecarregar os sistemas locais de saúde, reduz riscos e garante que o viajante tenha condições de resolver imprevistos sem recorrer a recursos públicos”, explica uma especialista em turismo consciente.

O seguro, nesse contexto, é mais do que proteção financeira — é gestão de impacto. Um turista que se acidenta em uma reserva natural isolada, por exemplo, pode acionar transporte aéreo de emergência coberto pela apólice, sem depender da infraestrutura limitada da comunidade local. Isso preserva tanto o meio ambiente quanto os serviços de saúde regional.

Crescimento do turismo de natureza e a necessidade de cobertura especializada

De acordo com dados do Ministério do Turismo, as viagens voltadas à natureza e ao ecoturismo cresceram 38% desde 2022, e destinos como Chapada dos Veadeiros (GO), Lençóis Maranhenses (MA) e Jalapão (TO) estão entre os mais procurados.
Mas são justamente esses locais, com acesso remoto e oferta limitada de hospitais, que tornam o seguro viagem indispensável.

Os planos especializados em turismo de aventura incluem coberturas para resgate aéreo, acidentes em trilhas, esportes radicais e emergências em áreas sem cobertura hospitalar imediata. Muitas seguradoras também oferecem extensão de cobertura ambiental, incluindo custos de transporte de helicóptero e busca terrestre, quando autorizados por órgãos locais.

Além do ecoturismo, o movimento nômade digital também reforça essa tendência sustentável. Profissionais que passam meses viajando de cidade em cidade têm optado por planos de longa duração, com telemedicina 24h e assistência online, evitando deslocamentos desnecessários e reduzindo a pegada de carbono das próprias viagens.

Responsabilidade compartilhada e economia circular

O impacto positivo do seguro viagem também é percebido no fomento à economia circular. Parte das seguradoras, principalmente as de atuação global, já adota créditos de carbono e políticas de compensação ambiental ligadas às apólices.
Há casos em que parte do valor pago pelo viajante é revertido em projetos de reflorestamento, preservação de biomas ou capacitação de comunidades locais.

Essa lógica cria uma nova relação entre turismo e sustentabilidade: o viajante não é apenas consumidor, mas coautor de uma rede de proteção e responsabilidade.

Segundo levantamento da CNSeg, cerca de 18% dos novos planos lançados em 2025 no Brasil incluem algum tipo de componente ambiental ou social, seja na operação interna da seguradora, seja como benefício indireto.

Segurança, empatia e propósito

O turismo sustentável é, acima de tudo, um turismo de propósito. E o seguro viagem reforça essa mentalidade. Ele reduz danos, antecipa soluções e impede que um problema individual se torne uma crise coletiva.
Em regiões isoladas, cada recurso de resgate, cada leito hospitalar e cada profissional médico têm valor. O viajante protegido contribui com o equilíbrio do sistema — usa o que precisa, de forma rápida e responsável, sem sobrecarregar as estruturas locais.

Mais do que uma apólice, o seguro torna-se uma ferramenta de empatia. Ele garante ao viajante a tranquilidade de explorar o mundo com consciência — sabendo que, ao cuidar de si, também cuida do entorno.

E, na era do turismo sustentável, isso é o que realmente significa viajar bem.

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