Um vídeo de um homem destruindo um pôster da nova versão de “Mulan” viralizou na internet, na última semana. Com um taco de baseball, o senhor ataca a publicidade com revolta e chega a pisar no objeto já destruído. Após serem publicadas no Twitter e vistas mais de 1 milhão de vezes, as imagens chamaram atenção do Deadline que, então, descobriu que o autor do ato de vandalismo é Gerard Lemoine, proprietário de um cinema em Palaiseau, no subúrbio de Paris.
Ao site, Lemoine explicou que ficou revoltado com a decisão da Disney de lançar “Mulan” no Disney+. “Foi muito difícil e devastador [ouvir os novos planos da companhia] depois de eu ter gasto bastante dinheiro para promover o filme”, explicou. “Para muitos de nós, tem sido muito difícil conseguir se manter abertos, mas a gente precisa, agora, esperar que venham novos lançamentos nas próximas semanas, afinal ao perder Mulan, a gente perdeu a chance de apresentar para nosso público um filme que tem sido esperado há muito tempo e que nos ajudaria depois de tantos prejuízos”, completou.
Como muitos outros proprietários de cinemas, a esperança está no lançamento de “Tenet”, da Warner Bros. que, na França, vai estrear no dia 26 de agosto. “A gente precisa agradecer a Warner por lançar o filme, mas isso não será suficiente. Os estúdios precisam entender que se eles continuarem adiando lançamentos ou enviando as produções para as plataformas [de streaming], eu não vou conseguir sobreviver por muito tempo. Eu devotei minha vida a apresentar filmes e, agora, não quero morrer”, encerrou.
A notícia de que “Mulan” será lançado, em alguns países, através do Disney+ foi dada na última terça-feira (4) por Bob Chapek, CEO da Walt Disney Co. Os assinantes do serviço terão que pagar US$ 29.99 para assistir à produção que, então, ficará disponível na plataforma para que eles possam vê-lo outras quantas vezes mais quiserem.